top of page

Minhas apostas sobre o que nos espera

Atualizado: 2 de abr.



As organizações que querem mudar o mundo enfrentam o desafio constante de garantir recursos financeiros para sustentar suas iniciativas e maximizar seu impacto. Mobilizar recursos tem sido algo cada vez mais complexo e um eixo institucional que demanda cada vez mais atenção. Nesse contexto, o planejamento estratégico institucional emerge como uma ferramenta essencial para orientar as ações e metas dessas organizações, proporcionando uma visão clara de seus objetivos a longo prazo.


Ao mesmo tempo, as tendências atuais na captação de recursos impõem novos desafios e oportunidades. Mudanças nas preferências das pessoas que doam, nova movimentação da filantropia global, avanços tecnológicos, e a crescente interconectividade redefinem as estratégias tradicionais de angariação de fundos.


Para que as organizações alcancem e mantenham sua viabilidade financeira, é imperativo que incorporem algumas dessas tendências emergentes em seus planos estratégicos, adaptando-se a um ambiente dinâmico e competitivo.

Ao compreender como as organizações podem alinhar suas estratégias com as dinâmicas mutáveis do cenário de financiamento, podemos desenvolver abordagens mais eficazes e sustentáveis para enfrentar os desafios inerentes à captação de recursos nesse momento que vivemos. 


Resolvi juntar três temas relevantes: Planejamento, Tendências e Minhas apostas para 2024. Estes assuntos se complementam e serão de extrema importância para o direcionamento de esforços.

  

Planejamento estratégico e suas nuances


Como podemos conduzir o seu planejamento ou projeto da melhor forma para torná-los mais eficientes? Afinal, precisamos seguir fortalecendo a filantropia, não é mesmo? Já participei ativamente de muitos planejamentos por aí e de um tanto de conversas com as organizações para saber a diferença entre traçar as metas de captação e deixar a vida nos levar.


Se não temos um objetivo definido fica muito mais difícil se concentrar e focar nas etapas e nos hábitos que precisamos criar para chegar no resultado esperado.  Por isso, para que você não vire um meme da sua própria vida quando o assunto for expectativa x realidade, te convido a parar tudo agora e revisitar o seu planejamento para ter certeza de que tudo está alinhado com a sua estratégia: 


  1. Avançar em novas fontes de captação de recursos.

  2. Inovar seja em metodologia, ferramentas ou em um novo projeto.

  3. Fortalecer as habilidades da equipe e trabalhar internamente a cultura de doação institucional.

  4. Garantir espaços de planejamento, monitoramento e avaliação de metas de captação.

  5. Ter bem definida a sua meta orçamentária - o orçamento institucional acaba sendo feito em cima dos projetos que já estão garantidos, mas ter um orçamento que tenha como base a meta de captação ajuda a pensar em como atrair esses recursos.


Ah, e não deixe de colocar esses momentos de sprint e ajustes de rota ao longo do seu ano. Se utilizar de metodologias como PMA - Planejamento, Monitoramento e Avaliação - vai ser um diferencial.


Para te ajudar a pensar no planejamento, segue o fio.



A expectativa é grande e as tendências vão ditar as regras do nosso setor


Abaixo eu vou listar algumas dessas tendências para que possamos conversar sobre suas implicações para a nossa área. Acrescentei um link onde você poderá se aprofundar mais sobre cada um desses pontos:


A captação de recursos é uma área que dita tendências, mas também se beneficia do que está posto no cenário da filantropia.

  • Maior financiamento em pesquisa, na ciência e em pessoas cientistas: só o investimento do governo federal chegou na casa do R$ 1.2 bilhão e a tendência é que este número seja superado em 2024 - link 


  • Boom de recursos na cultura: sim, nós testemunhamos o maior orçamento da história para o setor em 2023, ano este que foi considerado o da grande retomada. E para 2024 já se prevê a continuação deste trabalho - link


  • Investimento social privado com a presença do setor financeiro: as empresas estão cientes já há algum tempo do seu poder de impactar positivamente a vida das pessoas. Agora, o setor financeiro chega com força total para apoiar a filantropia, pois viu uma oportunidade de negócio. Fique ligado no tema investimento com impacto. Link


  • Filantropia brasileira mais forte: sem sombra de dúvidas, após o ano da pandemia, 2023 chegou com tudo para fortalecer a filantropia no Brasil. Crescemos em número de ONGs registradas (+815 mil), o setor tem um número expressivo quando o assunto é o PIB nacional (4,27%); são cerca de 6 milhões de empregos; aumento de 18% em números de pessoas doadoras (de 66% para 84% de acordo com a última pesquisa do IDIS) e por aí vai. Link 


  • Inovação é o tema da vez: Nós sabemos que a inovação tecnológica ganhou muito espaço nos últimos anos e eu mesma sou uma entusiasta do tema. Para atingirmos o futuro da filantropia que queremos, precisamos unir esforços e trazer essa inovação para o maior número de organizações. Link


  • Pauta ESG em alta: sim, a gente ainda vai ouvir falar muito dessas 3 letras. Os desafios do setor privado são enormes em relação ao tema e a sociedade está cada vez mais preparada para cobrar resultados. Link



Agora, diante desse cenário, quais são as minhas apostas?


Se tudo caminhar como eu estou vislumbrando aqui, este será um ano de grandes avanços e conquistas. Seguiremos fortalecendo a filantropia e conquistando cada vez mais novos territórios. Juntos, vamos mudar o mundo! 


Quero compartilhar com você três apostas que nortearão nossos esforços em 2024, e contar com o seu apoio para torná-las realidade:



1. Democratização da filantropia: mais recursos para mais gente


É muito importante que o dinheiro se espalhe horizontalmente e consiga chegar para um número maior de organizações independentemente do seu porte. É sabido que ONGs menores lutam bastante para conseguir acessar novos recursos e essa realidade precisa mudar.


2. Empresas comprometidas: chega de ESGwashing


Em um cenário onde as empresas têm se comprometido cada vez mais com práticas sustentáveis relacionadas à sigla ESG, precisamos ficar de olho no chamado ESGwashing, uma artimanha para ludibriar nossa inteligência. Defendemos a implementação de ações genuínas e tangíveis relacionadas ao meio ambiente, às pessoas e à governança. Para que isso aconteça, nós precisamos unir esforços para pressionar as empresas privadas a adotarem práticas que gerem um impacto real e positivo na sociedade.


3. Doações pessoais e ações de solidariedade


Acredito demais no poder das pequenas ações individuais para gerar grandes transformações. É importante pensar nisso na hora de criar a sua campanha de arrecadação online e incentivar doações pontuais ou recorrentes por parte das pessoas físicas. Ter uma comunicação concisa, capaz de fisgar a atenção das pessoas doadoras e fazê-las abraçar a sua causa é uma arte.



Te convido para somar nesta jornada de construção de um futuro mais justo, solidário e sustentável. A sua participação é fundamental! 


Sejamos também agentes de transformação!


Um abraço e obrigada por chegar até aqui.


Daiane

11 visualizações0 comentário
Subir topo.png
bottom of page